Mercado Livre cresce quase 10% no primeiro trimestre
Publicado em 27 de junho de 2024
O Mercado Livre de Energia registrou crescimento de 8,8% no consumo e de 21,7% no número de consumidores no Brasil no primeiro trimestre de 2024. Além disso, com 56,3 TWh, respondeu por 39,9% do consumo nacional de energia elétrica no período. Os dados foram publicados no Boletim Trimestral de Consumo de Eletricidade, disponibilizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Conforme o boletim, contribuíram para o resultado a expansão de 5,7% no consumo da parcela livre da indústria e de 20,6% na parcela livre da classe comercial. A maior expansão ocorreu na região Centro-Oeste do país (12,2%) e o maior crescimento quanto ao número de consumidores ocorreu no Nordeste (43,0%).
O mercado regulado (mercado cativo) também apresentou avanço. Com 84,7 TWh, foi responsável por 60,1% do consumo de eletricidade no Brasil (alta de 6,4%). Apesar da grande migração para o Mercado Livre, foi registrada leve expansão do mercado cativo: aumento de 1,3% de unidades consumidoras no período. A maior expansão do mercado cativo ocorreu na região Norte (expansão do consumo de 13,2%).
O boletim considera projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que estima aumento de 55% no número de consumidores livres no final de 2024 em relação ao ano anterior. Logo, é esperado que a participação do Mercado Livre em 2024 atinja mais de 50% e supere o mercado cativo até o final do ano.
O documento apontou, ainda, que o consumo de eletricidade no Brasil cresceu 7,3% de janeiro a março de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Nesse contexto, a classe com mais crescimento foi a residencial (12,3%), seguida pela classe comercial (8,4%) e pela industrial (3,8%).
Em análise a respeito do comportamento das regiões, o boletim apontou que o Sul cresceu 8,5% e registrou o segundo maior montante de consumo de energia elétrica comercial no período: 5.277 GWh. A elevação da taxa de consumo de energia elétrica foi em grande parte decorrente do setor de serviços (com exceção do Rio Grande do Sul), das vendas do comércio varejista e do varejista ampliado e das temperaturas médias mais altas na região.