Você já ouviu falar de energia à base de hidrogênio?
Publicado em 8 de julho de 2021
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), a demanda de hidrogênio passará para mais de 200 milhões de toneladas em 2030. Em 2020, a demanda era de 90 milhões de toneladas. A pesquisa leva em consideração a substituição do hidrogênio utilizado atualmente, feito a partir de combustíveis fósseis, por hidrogênio de baixo carbono, produzido a partir da eletrólise com energia renovável.
Para a diretora de sustentabilidade da IEA, Mechthild Wörsdörfer, o Brasil tem grande potencial para a produção de hidrogênio com baixo teor de carbono. Um avanço nessa direção foi a participação do Porto de Pecém (Ceará) na Coalizão Global de Portos de Hidrogênio. A Coalizão irá compartilhar informações para o desenvolvimento de projetos de hidrogênio ao redor do mundo.
Nesse contexto, a Agência EPBR afirma que o Pecém tem se destacado na atração de interessados pela implementação de um hub de hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Até o momento, quatro empresas já anunciaram a assinatura de memorandos de entendimento para a construção de unidades no Pecém.
O hidrogênio é um combustível abundante e eficiente que não produz emissões de gases do efeito estufa quando utilizado em uma célula de combustível. Para gerar energia, o hidrogênio pode ser utilizado em um motor de combustão interna ou em uma célula de combustível. Assim, as células de combustível têm vantagens significativas de eficiência quando comparadas ao motor de combustão interna. Pode-se dizer que elas são o principal dispositivo para a conversão de hidrogênio em energia.
Por fim, é importante mencionar que essa tecnologia está baseada na geração de hidrogênio — um combustível universal, leve e muito reativo — por meio de um processo químico conhecido como eletrólise. O hidrogênio pode ser utilizado em diversas situações, entre elas: geração de energia e água potável, armazenamento de energia e transporte e mobilidade.